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Anos 90: Silverchair

Categoria: , , , por EV87 - quinta-feira, dezembro 16, 2010
Originalmente escrito AQUI

O melhor de entrearmos nos anos 2011 e em uma nova década, é saber que os anos noventa vai voltar com tudo e será hype! Os anos 90 é uma miscelânia divertida e foda para a música. Há algum tempo eu venho amadurecendo a idéia de escrever, com uma certa regularidade, sobre algum disco representativo dos anos noventa. A decisão foi tomada: toda quinta-feira, um disco dos anos noventa aqui.



Silverchair era uma banda que se resumia a duas músicas para mim: "Miss you Love" e "Ana's Song". Duas músicas que tocava com uma certa frequência no "mingau" organizado pelo do Rotaract (um braço do Rotary) e era o_momento de tentar beijar alguma garota nos meus joviais 11 anos de idade. Como todas as meninas ficavam mais susceptíveis a um beijo ao ouvir a música, eu criei aquele preconceito bobo de que era música de veado e mulherzinha.

Esse paradigma só foi quebrado muitos anos mais tarde, quando escutei o album "Frogstomp" (1995) e o "Freak Show" (1997). Os dois discos são pesados e pegados, um som à la grunge. Você percebe a influência do Pearl Jam e do Nirvana, mas os garotos australianos gostavam mais da sonoridade das bandas Stone Temple Pilots e Bush.

Alias, falando em "garotos australianos", eles são de Newcastle, a segunda maior cidade do estado de New South Wales, atrás de Sidney. Lá, por conta da Universidade de New Castle, sempre rolou um fuzuê com bandas de punk rock. Mas, vá lá, a questão toda nem é essa. A questão é que a rádio 2JJJ-FM (ou Triple J FM), fez uma competição para encontrar talentos musicais. O prêmio? A gravação da sua demo na rádio com todo os aparatos técnicos possíveis e imagináveis.

Então, de um total de 800 inscritos, "Tomorrow" foi escolhida como vencedora. O single virou sucesso comercial na Australia. Resultado: o vocalista e guitarrista Daniel Johns, baixista Chris Joannou, e o baterista Ben Gilli, que eram amigos da escola e possuiam seus 15 anos na época, gravaram o "Frogstomp". Detalhe: em uma semana!!!

Por mais que a fórmula do grunge já estivesse batida e rebatida naquela época, é inegável o talento que eles tiveram ao gravar o disco. "Fautline" tem um instrumental a altura de RATM. E, as duas melancólicas, "Shade" e "Suicidal Dreams", mostram a força das composição adolescente de Daniel Johns.

Não quero ficar falando de música à música. Porque o disco é alternado entre as pesadas e as melancólicas, o que faz com que ele não seja monótono - apesar que prefiro as pesadas pelas melancólicas. Por mais que fossem garotos adolescente gravando, eles sabiam o que tavam fazendo - principalmente na guitarra do Daniel Johns.

O "Freak Show", gravado aos 17 anos por eles, também segue bem esta regra toda. Mas, eu ainda gosto mais do "Frogstomp". Fica os dois para download e você tirar suas conclusões.

De resto, é histeria de groupie.

***




Toda as músicas são do Jonhs, tirando as assinaladas.
1. "Israel's Son" – 5:18
2. "Tomorrow" (Johns, Ben Gillies) – 4:26
3. "Faultline" (Johns, Gillies) – 4:19
4. "Pure Massacre" (Johns, Gillies) – 4:58
5. "Shade" (Johns, Gillies) – 4:01
6. "Leave Me Out" (Johns, Gillies) – 3:03
7. "Suicidal Dream" – 3:12
8. "Madman" – 2:43
9. "Undecided" (Johns, Gillies) – 4:36
10. "Cicada" (Johns, Gillies) – 5:10
11. "Findaway" – 2:56

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1. "Slave" (music by Johns, Gillies, lyrics by Johns) – 3:57
2. "Freak" (Johns) – 3:49
3. "Abuse Me" (Johns) – 4:03
4. "Lie to Me" (Johns) – 1:22
5. "No Association" (music by Johns, Gillies, lyrics by Johns) – 3:56
6. "Cemetery" (Johns) – 4:04
7. "The Door" (Johns) – 3:38
8. "Pop Song for Us Rejects" (Johns) – 3:15
9. "Learn to Hate" (music by Gillies, lyrics by Johns) – 4:21
10. "Petrol & Chlorine" (Johns) – 4:00
11. "Roses" (music by Johns, Gillies, lyrics by Johns) – 3:34
12. "Nobody Came" (music by Johns, Gillies, lyrics by Johns) – 7:02
13. "The Closing" (music by Gillies, lyrics by Johns) – 3:27

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Rage Against The Machine no Brasil

Categoria: , , , , , por Mestrolho - domingo, outubro 10, 2010

Rage Against The Machine se apresenta no palco Ar do festival SWU - Flavio Moraes/G1

Dia 09/10/2010 ficará marcado como o dia em que a banda que mais aguardei para ver ao vivo fez um show em solo brasileiro.
O show foi no festival SWU, na fazenda Maeda, em Itu. A organização do festival deixou a desejar em vários pontos, como nas filas absurdas para tudo, demora no atendimento e má disposição dos atendentes nos bares, além de alguns incidentes durante o show.

O festival dispôs dois palcos iguais, um ao lado do outro, onde as bandas do line up se alternavam quase que sem intervalos. Para garantir um lugar bom para ver o RATM, tive que aturar o show dos Los Hermanos a 10 metros do palco, onde permaneci mesmo com o show do The Mars Volta acontecendo no palco ao lado. Aliás, apesar de os músicos serem muito bons, The Mars Volta é um som muito experimental para o meu gosto, ainda mais pra se ouvir ao vivo. (Curiosidade: durante o hiato do RATM, Zack de la Rocha gravou um cd com Jon Theodore, ex-baterista do Mars Volta, sob o nome de One Days As A Lion).

Depois de alguns minutos após o fim da última apresentação, a grande espera foi encerrada de forma arrepiante ao som de 'Testify'.



Nesse momento eu estava em frente ao palco achando que ia morrer esmagado, até que algumas pessoas prezaram pela qualidade de suas vidas e saíram dali, deixando um pouco mais de espaço, mas nada que proporcionasse conforto.
A banda prosseguiu com seus hits clássicos até que em 'Know Your Enemy' o show foi interrompido por problemas na grade que dividia o público com o palco. Menos um ponto pra organização.
Após essa parada, retornaram com a fodástica 'Bulls On Parade', e logo na seguinte, 'Township Rebellion', novos problemas. O som para o público desapareceu, ficando apenas o retorno para os músicos, que ao invés de pararem, prosseguiram normalmente, fazendo com que parte da platéia cantasse aos berros para substituir os alto-falantes, e parte endossasse o coro de "SWU, vai tomar no cu", seguido por "Ei, Globo, vai tomar no cu". Ao término desta música tivemos mais tempo perdido para que pudessem arrumar o problema, o que fez com que o que seria a música seguinte (se compararmos o set list com que eles vêm tocando em outros festivais), 'White Riot', um cover do The Clash, fosse excluída da apresentação. Menos outro ponto pra organização.

O show foi retomado com um rap mais leve pra acalmar a galera seguido por 'Bullet In The Head' e foi até 'Wake Up', quando Tom Morello vestiu um boné do MST e fez com que a Rede Globo cortasse a transmissão instantaneamente. Após isso a banda fez uma pausa e voltou para o bis tocando 'Freedom' e 'Killing In The Name', mostrando a predominância de músicas do primeiro álbum e encerrando o show magistralmente.

Apesar dos problemas e talvez pelo fato de eu ser fã incondicional, o show foi sensacional. Não teve nada de efeitos especiais, nada de fogos, a mesma imagem da estrela vermelha no telão a noite toda. Teve sim a velha pegada e atitude que fizeram o nome do Rage Against The Machine no mundo todo, o que é mais do que necessário para fazer uma apresentação de gala.


SET LIST

1. Testify
2. Bombtrack
3. People Of The Sun
4. Know Your Enemy
5. Bulls On Parade
6. Township Rebellion
7. Bullet In The Head
8. Calm Like A Bomb
9. Guerrilla Radio
10. Sleep Now In The Fire
11. Wake Up
Bis:
12. Freedom
13. Killing In The Name