dez18
A Time To Be So Big

Em clima de contagem regressiva para a chegada dos nova-iorquinos do Interpol, falarei sobre mais um álbum deles: Antics, de 2004.
Antics segue o caminho iniciado no aclamado debut Turn On The Bright Lights. A atmosfera sombria, a sonoridade densa e as referências a gente como Joy Division e Echo & The Bunnymen ainda estão presentes, mas com uma roupagem diferenciada. O clima de tensão dá lugar à sensação latente de obsessão. Difícil explicar, só ouvindo (e vendo) para entender.
Fica meio difícil falar de destaques, pois o álbum é bastante coeso e todas as faixas têm grande valor, cumprindo com louvor a tarefa de afastar qualquer impressão de que o sucesso da banda seja fruto de mero hype. Mas vamos lá: Next Exit começa com órgãos tubulares e deixa uma impressão de domingo ensolarado; Narc e Slow Hands representam a vertente dançante do disco, flertando com grandes nomes como Talking Heads e Gang of Four. O disco fecha com a bela e arrastada A Time To Be So Small, que conta com um grande trabalho de guitarra.

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