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Grip Inc. – Power of Inner Strenght

Categoria: , , , , por Henrique Affonso de André - sexta-feira, julho 04, 2008


Em maio de 1992, Dave Lombardo não queria entrar em tour com o Slayer. Não queria levar a mulher grávida à estrada, e tampouco perder o nascimento de seu primogênito, entre vários outros desgastes naturais, que fizeram com que ele deixasse a banda (para seu lugar, Tom Araya, Jeff Hanneman e Kerry King chamaram o ex-Forbideen Paul Bostaph).
Lombardo, logo após o nascimento do filho (afinal, é preciso ganhar o leite das crianças) convocou o guitarrista do Voodoocult e produtor de discos Waldemar Sorychta, alemão, a fim de montar uma banda. Chamaram o vocalista Gus Chambers e o baixista Jason Viebrooks para completar o time, e entraram em estúdio para compor.
Dave Lombardo dispensa comentários quanto à sua técnica. Waldemar Sorychta é um guitarrista extremamente técnico. Além disso, que já ouviu algum disco que ele produziu sabe do que ele é capaz com os botões (aconselho Sin/Pecado do Moonspell, ou Ceremony of Opposities, do Samael). Gus Chambers, apesar de então não ser conhecido, caiu como uma luva na sonoridade da banda. Viebrooks não fez feio, mas não se mostrou um músico acima da média (talvez por isso tenha sido o único membro da banda a ser substituído durante sua trajetória, em 1999).
Em 1995, The Power of Inner Strength foi lançado. Um adjetivo cabível a este disco é “forte”. Muito bem executado, produzido e organizado. Pesado daquela forma que enche o ouvido de quem gosta de música pesada. Uma sonoridade própria. As linhas criadas pelos quatro harmonizaram-se de forma que logo após o lançamento o disco já era celebrado pela crítica, que o esperava ansiosamente e, além disso, as esperadas comparações fariam com o Slayer não foram feitas.
Savage Seas (Retribution) foi a música que fez mais sucesso, talvez por ela resumir o resto do disco quanto à sonoridade. Porém, a minha preferida deste álbum é a fantástica “Hostage to Heaven”, que tem, na minha opinião, um dos mais fodido solo de guitarra de todo o heavy metal dos anos 90 (e, porca putana, falo isso da década de 90!!!), além de conter a frase que entitula o disco. O vídeo abaixo tem uma versão ao vivo dela, onde se perde um pouco do brilho do som de estúdio, mas compensa pela energia de um show. No final a negada pede Slayer, o vocalista apela, manda um vai tomar no cu amplo, geral e irrestrito e vaza.



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