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Urban Hymns

Categoria: , , , por Ênio Vital - domingo, junho 22, 2008

O projeto do frontman Richard Ashcroft, juntamente com Nick McCabe (guitarra), Simon Jones (baixo), Simon Tong (teclados e guitarra) e Peter Salisbury (bateria) são o grupo britânico The Verve que, em 1997, lançou o seu terceiro e último disco de carreira que logo se tornaria um dos mais importantes da década de 90 chamado "Urban Hymns".

Em idos de 1995, o movimento "Britannia Cool" contagiava a tudo, principalmente o Britpop, liderado por Oasis e Blur, seguidos por Pulp, Suede, Supergrass que brigavam para estar no topo das listas inglesas e, no meio disso tudo, os integrantes do Verve resolveram dar um tempo - para não dizer o pior.

Como dizem: "Se você está no meio do olho do furacão, você não enxerga que está nele". Então, eles voltaram e se juntaram para gravar "Urban Hymns" usando, tentando e experimentando a fórmula do Britpop que até ali não se mostrava consolidada. Até que, três meses de produção à base de aditivios ilegais que eles descreviam como uma espiritualidade extra os acompanharam para criar uma lacuna que faltava no som deles e no britrock: a psicodelia.

Para alguém que caiu aqui de para-quedas e nunca ouviu Verve ou faça idéia do que seja. É escutar a primeira faixa do disco, a majestosa "Bitter Sweet Symphony", um hit conhecido entre todo os dois lados do Atlantico e é a música mais conhecida da banda. Cabe dizer que ela alavancou o sucesso de vendas deste album. Daria para fazer um post sobre ela por vários motivos que rodeiam: créditos de Mick Jagger e Keith Richards, uso contra vontade do Verve em comerciais da Vauxhall Motors e Nike, problemas de legalidade e está no final do filme "Cruel Intentions".

Prosseguindo, "Sonnet" é uma baladinha apaixonante bem bonita e exatamente o que não ocorre em "Drugs Don't Work" uma letra de coração partido clássica apesar de ambas possuirem o mesmo esquemão de acordes simples com: violões e guitarras distorcidas. A quinta música do disco, "Catching The Butterfly", é a minha favorita pela "carga psicodélica" que ela carrega, uma letra que discorre sobre uma piração com uma melodia que começa com barulhos de submarino(influencia psychodelic rock 60s? será?) bem stoner rock porém sem o robot rock do QotSA.

Para mim, tem uma música que rola uma associação direta ao Britpop. Violão, guitarra, bateria cadenciada com uma letra boa e refrão grude, está é "Lucky Man" - a fórmula que o Oasis explora e vomita à exaustão. Por outro lado, eles usam muito do experimentalismo e de paquera com outros gêneros do rock, visto "Come On" é um flerte fatal com Hard Rock e "Deep Freeze" - uma faixa escondida do cd - é totalmente lo-fi.

O disco todo é bom, não há decaimento de qualidade. O Verve soube criar um disco que você pode indicá-lo ou presenteá-lo e dificilmente a pessoa não achará bacana. Alias, vou deixar uma citação do que o site gringo Pitchfork Media diz a respeito deste album: "Recommended uses for Urban Hymns-- reading Tolkien, making love, driving at night through Kentucky/Scottish hills, any old time you're tired of the chug and drag of modern rock."

Agora, deixando um prévia de um futuro post, eu considero o "Urban Hymns" e mais dois discos, um do Blur e outro do Oasis, como o tripé do Britpop. Haja visto que quero fazer uma série de posts sobre "Duelos Musicais", Blur e Oasis entraram nesse contexto pela história de quem seria a maior banda de britrock do planeta. Enfim, papos para outro texto.




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