GAME OVER
O que leva esses quarentões a continuarem fazendo música pesada já podres de ricos, com angústias totalmente diferentes daquelas que lhes instigaram a começar tudo? A resposta que escolho é a mais heavy metal possível: Ego. O ego de James, Lars e Kirk está abalado desde o 'Black album'. Isso fica claro em 'Some Kind of Monster', convenhamos. Se o infame documentário de dois anos atrás funciona como uma terapia, 'Death Magnetic' é a apoteose de tudo isso, algo como o make-up sex extremo. Vai ser difícil achar uma classificação melhor do que a dada pela revista Rolling Stone nos EUA. 'Death Magnetic' é como a invasão russa à Geórgia – o despertar violento de um gigante adormecido. Em tese não deveria ser possível abrir um sorriso ao ouvir riffs como os 'Broken, Beat and Scarred' (segunda pancada do álbum), mas quando se trata da volta da melhor banda de heavy metal do mundo à sua melhor forma é difícil não fazê-lo. Muitos fãs ainda irão classificar esse disco como ruim, ou mesmo como bom mas não aos pés de qualquer outro. Penso que isso irá passar, abaixar a poeira como num Iraque bombardeado para aí sim vermos a verdadeira identidade deste que é o trabalho mais agressivo e cheio de identidade da banda desde o '...And Justice For All'. Muitos criticaram 'Fade to Black' uma vez. Outros mais consideram o próprio 'Justice...' massante. Idéias como essas não resistem à qualidade de uma música feita com o coração (ou seriam tripas?).
'Death Magnetic' vale a pena do início ao fim e traçar muitas comparações só irá tornar esta resenha um tanto quanto paga-pau. Não adianta dizer que lembra um 'Master of Puppets'. Se fosse lançado nos dias de hoje com certeza 'Master..' iria soar desajeitado, fora do lugar. 'Death Magnetic' acerta em todos os sentidos, é uma bateria anti-aérea derrubando os velhos caças russos de 30 anos atrás no Iraque. É pura brutalidade no tom certo para os dias de hoje, e quem sabe pode se tornar uma referência em como fazer heavy metal para o futuro próximo. O jogo terminou, o Metallica venceu.
1. "That Was Just Your Life"
2. "The End of the Line"
3. "Broken, Beat & Scarred"
4. "The Day That Never Comes"
5. "All Nightmare Long"
6. "Cyanide"
7. "The Unforgiven III"
8. "The Judas Kiss"
9. "Suicide & Redemption"
10. "My Apocalypse"
Qualidade: 320kbps
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Caio Proença é o dono desta resenha e é meu broder de Belém do Pará! Mandou bem em mais uma resenha para o blog! Valeu!
upa de novo
abraços