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Piacere nell'uccisione ou Vergnügen zu töten

Categoria: , , , , por Henrique Affonso de André - quarta-feira, setembro 17, 2008
“Pleasure to Kill”, segundo álbum dos alemães do Kreator deveria ser dado como aula de metal pesado àqueles moleques que consideram excelentes bandas como Korn e Slipknot. Riffs pesadíssimos, solos de guitarra característicos e vocal característico, com um forte sotaque e uma inconfundível cadência alemã de Mille Petrozza, bateria rápida e técnica de Jürgen “Ventor” Reil, e uma linha de baixo forte que não se contenta em apenas acompanhar a guitarra, segurando a harmonia das músicas de Rob Fioretti. (Detalhe inútil mas curioso: dois dos 'alemães' são de origem italiana; Mille Petrozza é descendente de calabreses e isso definitivamente explica sua sutileza ao cantar e tocar).

Uma obra que pode ser considerada o limiar entre o thrash e o death metal. O Kreator, em minha opinião, pode transitar sem problemas entre tais estilos (rótulos?). Pleasure to Kill transcende tais categorizações.

Uma tosca introdução de solo de guitarra, sob fundo de um ‘crescendo’ de guitarras e sintetizadores, com anticlímaxes desconexos. Seria desnecessário não tivesse tornado-se clássico. O que se segue a pancadaria Ripping Corpse, que não seria estranho se estivesse inserida no meio de Morbid Visions do Sepultura (uma banda que assume a influência grande de Kreator em sua obra).

Outra faixa que a meu ver merece destaque é a faixa-título. Mille Petrozza parece dar um discurso, enquanto os instrumentos andam a uma velocidade-limite.
Logo após, em Riot of Violence, uma surpresa: o vocalista é o baterista Ventor, que dá uma aula de coordenação motora, tocando com segurança enquanto canta. Poderia, muito bem, ser vocalista de qualquer banda se desistisse das baquetas.

As músicas mantêm a qualidade pó todo o disco, não soando em momento algum monótono. Vale destacar que “The Pestilence” inspirou o nome da primeira banda de Andréas Kisser, antes deste se transferir ao Sepultura (outra mostra da influência dos alemães sobre os brasileiros). “Under the Guillotine” fecha com maestria esta obra prima do metal mundial. Um disco de mão cheia.

Vale destacar que em remasterizações recentes, foram incluídas as faixas do EP “Flag of Hate”, sendo estas “Flag of Hate”, “Take their lives” e “Awakening of the gods”.



1 - "Choir of the Damned (Intro)" – 1:40
2 - "Ripping Corpse" – 3:36
3 - "Death Is Your Saviour" – 3:58
4 - "Pleasure to Kill" – 4:11
5 - "Riot of Violence" – 4:56
6 - "The Pestilence" – 6:58
7 - "Carrion" – 4:48
8 - "Command of the Blade" – 3:57
9 - "Under the Guillotine" – 4:38

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